Nessa BGS 2015 eu joguei KRIATURAZ.
Kriaturaz é um dos inúmeros indies brasileiros que se apresentou na Brasil Game Show deste ano. Criado pela Messier – Games & Animation, o jogo é um mobile que traz bons aspectos de RPG, desenvolvimento de criaturas e, por que não, um bom roteiro.
Seu desenvolvimento ainda está no início (lançamento previsto para o segundo semestre de 2016), mas já fiquei bem interessado no que presenciei e com o que conversei com o pessoal da equipe.
Obviamente, para quem já acompanha o nosso site, a primeira coisa que me chamou a atenção foi o tema escolhido por eles. Estou eu lá, passeando pela Área Indie da BGS, quando vejo um estande todo modificado com plantas e cipós e uma enorme tela com duas criaturas, sem trocadilho aqui, prontas para lutar. Chegando perto, fique curioso com o monstro da direita. “Puxa, parece um Saci, só que bem mais insano”, eu pensei.
Bem, estava certo! Todo o mundo de Kriaturaz é pautado no nosso folclore e na mescla entre as nossas mitologias indígenas e as trazidas pelos colonizadores.
Conversando com a galera no estande, me contaram que eles fizeram um estudo de mais de cinco meses, com historiadores e consultores, para acumular conhecimento sobre mais de 300 lendas. Eu já estava babando com isso e louco para jogar.
O interessante, quando sentei para testar a demo, é que o jogo tem muito potencial. Ele tem um visual bem atraente e compatível com jogos mobile bem cotados. Também trouxeram algo dos antigos tamagotchis, uma vez que você inicia o jogo com um ovo e, dependendo de como o trata, nascem diversos tipos de Kriaturaz.
Além do esquema de batalha que é construído para valorizar a estratégia do jogador, ao invés de incentivar apenas atacar continuamente.
Sem dúvida ainda existem pontos para melhorar. Achei, por exemplo, que as animações estavam um pouco lentas, principalmente nas batalhas, mas me foi dito que isso já está sendo corrigido, uma vez que eles estão tentando achar o ponto de equilíbrio entre qualidade dos gráficos, quantidade de polígonos e velocidade do game.
Em suma, gostei muito do que presenciei, recomendo que fiquem de olho no site dos caras, para ver onde vão com esse projeto, não só pela qualidade, mas o quanto eles estão querendo valorizar a nossa cultura também, nesse mundo em que, basicamente, só vemos mitologias gregas e nórdicas soltas por ae.
Assim que souber mais da história e mais detalhes da produção, manterei vocês informados. Vale mencionar também que esse é um dos primeiros jogos a receber subsídio da lei de incentivo à cultura e que eles pretendem lançar cardgames e boardgames para complementar a criação mobile.
Grande abraço e vejam um vídeo da produção.
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Alguma chance de sair pra PC (Steam)?
Nossa complicado ver tudo o que Monteiro Lobato combatia, as influências estrangeiras na nossa cultura, agora se apoiando numa Lei de apoio à cultura e criando um “mortal combat” com nossas lendas, criando monstros de saci, cuca para lutas sanguinárias.. o mundo esta perdido mesmo