Vou começar essa review “usurpando” uma idéia que vi no 9gag: Como seria se sentimentos tivessem sentimentos? Essa é a premissa da nova animação da Disney Pixar, “Divertida Mente”, e quer saber de uma coisa? Ela é genial!
Eu sei, eu me empolgo um pouco nas minhas críticas e vou tentar me policiar… Na próxima. Porque dessa vez, eu tenho mais é que deixar as emoções a flor da pele! Saca, saca? Emoções!
Aham, voltando. Divertida Mente conta a estória da Riley, uma menininha que vai crescendo e passando por todas as situações que a gente passa ao crescer e que nos constroem, mas ela é contada não do ponto de vista da Riley, nem dos pais, nem de um narrador externo, mas sim, contada do ponto de vista do centro de controle dela, das suas emoções!
Segundo a animação, as emoções basais que nos influenciam seriam a Alegria, a Tristeza, a Raiva, o Medo e o nojo, representado pela Nojinho. Nossas ações, gostos e ambições são guiadas por elas, cada uma seguindo o que consideram ser mais importante.
No centro de comando da Riley, a Alegria tem uma rixa com a Tristeza, pois são completos opostos. Alegria quer sempre que a Riley seja feliz e não gosta quando a Tristeza está no comando. Os outros sentimentos complementam ou auxiliam estes dois sentimentos, de certo modo, mais importantes. É interessante este modo de pensar, que somos regidos por um intervalo de emoções que começa na alegria absoluta e termina na tristeza total. Mas será só isso mesmo?
A aventura começa (claro que ia ter uma aventura, senão não seria um desenho) quando Riley passa por uma mudança na sua vida e seus sentimentos não sabem como se sentir quanto a isso.
A mudança acaba provocando uma discussão entre Alegria e Tristeza que acabam expulsas da sala de controle, gerando uma confusão na vida de Riley, que não tem mais seus sentimentos base para a guiar, e também dentro dela, com Alegria e Tristeza tentando retornar a sala de comando ao mesmo tempo que Medo, Raiva e Nojinho tem controle total sobre Riley.
Mesmo sendo somente um desenho, ele levanta questões muito interessantes. Para onde vão nossas memórias antigas? O que faz você ser você, um ser único? Por que nos sentimos de modo diferente ao que outra pessoa sente, em frente a um mesmo estímulo? Por que com o tempo vamos mudando nossa maneira de agir ou pensar? O que acontece quando você não consegue mais sentir? Quando tudo ficou tão complicado?
Acho que poderia passar horas discutindo o que Divertida Mente me fez ponderar, e isso faz essa animação diferente de qualquer outra que eu já tenha visto. Crianças vão gostar? Claro! É colorido, animado e divertido! Mas acho que o verdadeiro público que vai aproveitar esse desenho e levar algo dele para a vida são os adultos. Passamos pela vida tão rápido que parece que ficamos anestesiados e perdemos a habilidade de nos encantar com a maravilha que é viver e passar por todas as experiências que nos fazem crescer. Divertida Mente nos relembra disso e nos traz de volta. No fim, o importante é sentir.
Nota do Editor (Renato Sevegnani)
Antes de assistir o trailer, um adendo.
Além de tudo isso que a Taty colocou sobre os sentimentos, esta fantástica animação também aborda diversos conceitos psicológicos e neurológicos para construir a estória e disponibilizar ferramentas para que os sentimentos possam agir e prosseguir com sua aventura! Então a melhor forma de aproveitar todo o conteúdo dessa animação é assistir com bastante atenção e se possível repetir a dose. 😉
Nota do Editor (Guilherme Vertamatti)
E outro adendo.
Levando em conta tudo que já foi mencionado e tentando não me repetir, achei espetacular a animação. Como sempre a qualidade visual e, como assisti em português, a localização estão impecáveis.
Como o Renato mencionou, todo esse desenho é uma metáfora fantástica de como funciona o nosso consciente e inconsciente, abordando coisas além da pura perda de memória, mas criação de hábitos, comportamentos e, até, truques bobos que a nossa mente nos prega. Quero salientar o trecho que fala do comportamento da nossa mente durante o sono, além de uma breve explicação do que a nossa cabeça faz com aqueles traumas e outras experiências mais marcantes.
Enfim, o filme faz algo que muitos tentam e poucos conseguem. Ele induz cada um que assistir com o mínimo de abertura a olhar para si mesmo. Me peguei, depois das cenas pós créditos, simplesmente parado, contemplativo, sem saber se ria ou chorava com aquilo tudo. Nada mais justo que um filme sobre sentimentos, bem feito é claro, nos emocionar. É surreal o momento em que, conduzido pelo filme, mas sem nenhuma fala, a gente se da conta da importância e influência do equilíbrio entre os sentimentos… a diferença entre ser criança e ser adulto.
Deixo aqui também, em especial, um enorme abraço para minha prima Priscila Vertamatti, que estava na animação desse filme. Podem olhar os créditos e terem orgulho de uma brasileira estar envolvida com algo tão lindo!
Confira o trailer pra não ter dúvidas que você precisa ir pro cinema AGORA!
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Que filme maravilhoso! Confesso que não sou muito fã de animações, vi em um site esse filme tirando nota máxima, em outro também, pensei: tenho que ver o porque disso, fui para o cinema nem sabendo do que se tratava o filme e foi uma surpresa mágica! Ótima critica!
Opa, que bom que curtiu cara.
Tem muita animação “bobinha”, mas as vezes saem algumas que valem demais a pena. Mexem com a gente e emocionam, como contos infantis bem escritos e elaborados também fazem.
Espero que ache a bonequinha, na net tem de tudo hehe.
Mas sabe cara, não sei o que acontece, eu tenho meio que preguiça pra ver animação hahaha, é mais por isso msm, sei lá vai entender kkkk
Abcs!
Hahaha saquei. Talvez tentar ver algumas animações mais curtas, com o foco mais no roteiro.
Se quiser experimentar, uma animação mais antiga, mas bem roteirizada, é o Iron Giant. Tem no Netflix.
Pode crer já ouvi falar bem dessa animação, vou dar uma olhada Guilherme, vlw
Opa depois me manda uma mensagem ou tweet falando o que achou!
Abrs
P.S: Procurando o boneco da Nojinho pra minha namorada hahaha