Análise Trials Rising

Meu contato anterior com a série foi muito rápido e a bastante tempo atrás já que esse não é o tipo de jogo que me chama a atenção, mas como missão dada é missão cumprida, encarei o desafio das corridas de motocross em circuitos completamente malucos e com uma física mais estranha ainda que é marca registrada da franquia.

Para quem não conhece Trials é uma série que teve o primeiro jogo lançado em Java para navegador no já longínquo ano 2000 sendo desenvolvido pela RedLynx estúdio pertencente a Ubisoft que traz um jogo de manobras de moto em uma perspectiva 2D, mas o jogo todo sendo feito em 3D, onde o objetivo basicamente é ser o melhor piloto sendo, fazer o menor tempo ou cumprindo desafios específicos que vão surgindo conforme o jogo avança

Mas vamos lá para um iniciante como eu, o inicio é relativamente fácil inclusive tendo uma “Universidade Trials” que nada mais é que o modo que você pode treinar as mecânicas do jogo só que ganhando notas para avaliar o seu desempenho.

Conforme vocês avança a dificuldade aumenta mas não da forma gradativa como esperava, e após a segunda pista o desfio aumenta e muito.

Os controles são simples, um botão de acelerador, um para freio, direcional para a esquerda e direita para controlar a inclinação e um botão para saltar da moto que será usado em desafios específicos como acertar uma bola de basquete com o corpo e fazer a cesta ou para ver quão longe o seu corpo consegue chegar após saltar e utilizar uns tonéis explosivos para ir mais longe.

No momento que você abre o jogo já cai direto em uma pista e assim que passar por ela o mapa irá se abrir e será possível ver os outros desafios mas obrigatoriamente terá que passar pela primeira pista da universidade trials, após é só ir para as pistas e cumprir os objetivos como terminar em um tempo determinado, sem errar nenhuma vez ou ainda fazer alguma quantidade específica de manobras.

Conforme for passando você vai liberando além de novas pistas caixas de itens ou seja as famosas loot boxes com coisas cosméticas, poses de vitória ou derrota, roupas etc.

Esses itens podem ser comprados com as moedas do próprio jogo ou com dinheiro de verdade ou seja temos microtransações mas são só itens cosméticos não influenciando no jogo em si.

Ao contrário dos controles que são básicos não posso dizer o mesmo dos gráficos que são um deleite para os olhos principalmente se levarmos em conta o estilo e proposta do jogo.

Pista de Hollywood ou melhor Luz, Câmera e Ação

Os cenários são muito variados sempre apresentando elementos da região do mundo em que a pista está localizada, temos pistas na neve, na selva da China, no Japão com as construções típicas da região, mas também temos pista em movimento como a da Sibéria que é em um trem  em movimento representando a transiberiana, ou também na Rússia (será coincidência?) voando em aviões interligados só para ter noção nível de loucura das pistas.

Expresso Siberiano com os fantasmas de outros jogadores

O detalhamento dos cenários são tantos que vemos coisas ao longe como pássaros e até as nuvens tendo um refinamento muito grande, sem ficar parecendo uma imagem colada.

Ao cruzar a linha de chegada sempre acontecem coisas engraçadas de cair num penhasco, pegar fogo, um piano cair em cima de você ou até ir para o espaço em um foguete russo.

Os efeitos de explosão, luzes, sombras e água estão incríveis, mas o mais legal é que temos ao longo do trajeto espectadores e não são de aparência de papelão como acontece em muitos jogos , são modelos bem detalhados e com animações bem feitas.

Que tal pegar carona num foguete e ir para o espaço.

A animação do seu personagem quando cai é hilária parecendo um boneco de pano e as vezes parando em posições bizarras fazendo arrancar risos e às vezes até fazendo com que queiramos cair para ver o que acontece quando o personagem cai.

Mas nem tudo são flores a versão que testei foi a de PC e notei que ao reiniciar a corrida após um erro ou reiniciar um checkpoint ocorriam erros em muitas texturas que não eram carregadas mas logo após voltava ao normal, e raramente também acontecia de texturas surgirem durante a corrida.

Sei que não é falta de processamento pois foi testado em um AMD Ryzen 7 2700 com um Nvidia RTX 2070 e 16GB de ram mais que suficiente para rodar o game já que os requisitos recomendados pedem um Intel Core i5 3470, AMD FX 6100, 8GB de RAM e uma  Nvidia GTX650 ou AMD Radeon R9 270X, mas isso pode ser corrigido em futuras atualizações e não atrapalham o gameplay de modo geral e também não sei dizer se essas pequenas falhas acontecem nas versões de console.

Além do modo single player também há um multiplayer que basicamente usa as mesmas pistas existentes só que a competição é em tempo real não permitindo reiniciar a corrida, então cada erro faz muita diferença no resultado final, nos meus testes funcionou bem mesmo tendo que aguardar um pouco para conseguir jogadores que pode ser devido ao horário dos testes.

Temos também um editor de pistas que permite criar as pistas e disponibilizar para a comunidade do jogo, mas sinceramente achei meio difícil de usar ele.

Chegando a minha conclusão, se você já é fã da franquia vá sem medo de ser feliz, pois todos os elementos estão presentes e você com certeza irá gostar de Trials Rising.

Mas se você é com eu, que praticamente não tinha tido contato com essa série antes, pode ser legal dar uma chance se estiver disposto a enfrentar desafios.

Mesmo em alguns momentos a dificuldade ser extrema, a física estranha e ter que repetir inúmeras vezes a mesma pista, a sensação de conseguir passar da pista com placar ouro é muito gratificante.

Uma imagem que você verá muito durante o jogo.

Também por  ter uma pegada mais arcade pode ser um bom passatempo quando quiser sair dos grandes jogos de mundo aberto e quiser um estilo diferente e de jogatina mais rápida do que simuladores de corrida tradicionais.

O jogo já está disponível para PC , PS4, Xbox One e Switch.

2 thoughts on “Análise Trials Rising

  • 28/02/2019 em 23:19
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    Vim aqui prestigiar o autor! Gente boníssima e tremendamente talentoso!
    Muito sucesso, Anderson! Forte abraço do amigo Véio! 😉

    • 01/03/2019 em 17:32
      Permalink

      Obrigado pelas palavras.

Fechado para comentários.