Apesar de gostar do gênero Terror, preciso deixar claro que eles me afetem bastante durante a sessão, ou seja, me sinto extremamente desconfortável e tomo muitos sustos.
Um outro ponto que preciso deixar claro antes de falar de A Forca é que odeio a ideia de mockumentary, aquele estilo de filmagem que força a barra para que acreditemos que realmente aconteceram os eventos do filme e que ainda não aprenderam a fazer direito.
Tirados esses pontos da frente, vamos ao filme.
Em 1993, durante uma peça de colégio, um estudante chamado Charlie morre enforcado em acidente com a forca do cenário.
Passados vinte anos essa mesma escola decide encenar a mesma peça e, já que estamos falando de terror, algo da errado.
Esta premissa simples já foi repetida infinitamente e, por mais clichê, normalmente funciona. O problema em A Forca é que o filme passa os trinta minutos seguintes desperdiçando a possibilidade de construir o clima de terror ao colocar Ryan (Ryan Schoos),um adolescente babaca e bully, fazendo imbecilidades no colégio, quase como em uma comédia, mas sem ser engraçado.
As poucas menções à possibilidade de um fantasma agressor são tão jogadas e aleatórias que cheguei a me perguntar se o roteirista estava em greve e o diretor foi obrigado a enrolar até ele voltar.
O filme começa a engrenar, obviamente quando cai a noite e os adolescentes decidem ir ao colégio para destruir o cenário e impedir que o ator principal da peça passe vergonha diante de toda a escola.
Ryan, sua namorada Cassidy (Cassidy Gifford) e seu amigo, e ator principal na peça, Resse (Reese Mishler) invadem o colégio e são surpreendidos por Pfeifer (Pfeifer Ross), a atriz principal da peça e interesse romantico de Reese. Em meio a tentar disfarçar que estavam alí destruindo o cenário e tentar sair da escola eles começam a notar que coisas estranhas acontecem, como portas trancadas, partes do cenário que foram destruídas estão novamente intactas e celulares sem sinal.
O filme finalmente engrena e chega a ficar tenso em alguns momentos, principalmente pelo ‘empurrãozinho’ dado pela simples e competente edição de som e trilha sonora.
Apesar de não explorar novas possibilidades com as ações do fantasma de Charlie, há alguns bons momentos que ajudam o filme a se sustentar, como as duas cenas de morte e uma cena sinistra logo ao final do filme. Inclusive é nesta cena final que o filme traz a ideia principal do plot, que não pode ser mencionada aqui.
Se você gosta de filmes de terror com essa temática de assombração e espíritos, pode valer a pena conferir A Forca, mas esteja ciente que terá de aguentar cerca de 30 minutos de filme comédia adolescente para ter aquilo pelo qual pagou ingresso.
A Forca é dirigido pelos “estreantes” Travis Cluff e Chris Lofing e está em cartaz nos cinemas.
Trailer (Com spoiler!):
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