Me sentindo o menino que fui em 1993, entrei no cinema para assistir Jurassic Wolrd.
Segurando um enorme saco de pipocas, um balde de refrigerante e meus óculos 3D, sentei na minha poltrona com a animação e expectativa lá em cima, querendo um filme tão marcante quanto o primeiro Jurassic Park havia sido.
Os puristas e, se me permitem, mimizentos, podem achar que Jurassic World foi só mais um filme da franquia, com efeitos visuais melhorados, mas eu não. Fazia muito tempo desde que eu vibrei e falei tantos palavrões de emoção num cinema pela última vez.
O enredo geral de Jurassic Wolrd acaba sendo o mesmo dos outros, uma fórmula que dá certo para a franquia e que causa toda a tensão desejada, mesmo a gente já tendo uma ideia quase imediata de quem são os mocinhos que não irão morrer ao longo do tempo.
Após a morte de John Hammond, o sonho de criar um parque de dinossauros é herdado por Simon Masrani (Irrfan Khan) que finalmente inaugura o Jurassic World e o abre para o público.
O problema começa dez anos após essa abertura, pois as visitas estão diminuindo drasticamente e a diretoria decide criar novos dinossauros geneticamente alterados.
Obviamente, o projeto não é exatamente o esperado e começam os desastres, girando em torno de Claire (Bryce Dallas Howard), seus dois sobrinhos, Gray (Ty Simpkins) e Zach (Nick Robinson), e o treinador de velociraptors Owen (Chris Pratt).
Já que temos a sinopse, vou começar falando do plot do filme. Esse era um dos poucos pontos que eu não possuía muitas espectativas, uma vez que não imaginei o Jurassic World fugindo do padrão criado nos filmes anteriores da franquia.
Como previsto, não fui surpreendido (o trailer acaba mostrando tudo), mas fiquei satisfeito pelo cuidado que tiveram na construção dos personagens. Obviamente não são personagens profundos, porém conseguiram montar, com pequenas atitudes e posicionamentos, o caráter deles, permitindo até alguma relação e entendimento.
Nem que fosse através de uma ligação telefônica, mesmo sem grandes motivos para o enredo, que dá a entender o porquê dos personagens estarem onde estão (Sim, estou sendo vago de propósito).
Passado esse ponto, podemos entrar no carro chefe do filme: todo o show visual e auditivo que é apresentado.
Dando uma olhada em alguns números do filme de 1993, fiquei pasmo ao descobrir que ele só tem 15 minutos de dinossauros em cena, 9 minutos de animatrônicos e 6 de computação gráfica (CGI). Isso foi impressionante, uma vez que ficou marcado na minha memória como um filme que mostra MUITO os dinossauros.
Já no Jurassic World, parafraseando John Hammond, “Não foram poupadas despesas”. O filme é recheado de dinossauros, se movendo, comendo, brigando e qualquer coisa mais que o PG13 permitiu.
O fantástico, dando aqui o mérito ao diretor Colin Trevorrow e ao produtor executivo Steven Spielberg, é que ainda existe toda a geração de tensão no início, a mesma que tivemos no Parque dos Dinossauros original. Me peguei, no começo, torcendo para que eu conseguisse ver mais dos dinossauros, já que a filmagem inicial mantém o ponto de vista de uma das crianças, naquele parque lotado.
A música tema do Jurassic World é a original, com uma leve remixagem, sendo levemente mais acelerada. Achei esse aumento do compasso muito pertinente, já que o filme, assim como o cinema no geral, tem uma pegada mais dinâmica que o dos anos 90.
Infelizmente é bem fácil achar alguns problemas de continuidade no filme. Coisas como dois personagens caem na água numa cena e na próxima estão enxutos ou o cara apoiar o rifle num carro, o dinossauro dar uma cabeçada no veículo e, no próximo take, o personagem pegar a arma ainda apoiada no mesmo lugar. Sem falar na impressionante capacidade da Claire de correr o filme todo pela selva usando salto alto.
Resolvi deixar o melhor para o final. Já temos música, efeitos visuais, fotografias e dinossauros, agora é só juntar tudo isso e colocar para mexer na tela!
Não me importei com as falhas de roteiro ou continuidade, mesmo observando cada uma delas no processo, já que Jurassic World me mostrou o que eu queria, cenas repletas de ação mostrando os dinossauros em seu habitat “natural” e fazendo o que tem que fazer, morder, correr, voar (sim, voltaram com o pterodátilo e companhia), dilacerar e destruir. Além de nadar, já que finalmente recriaram um dinossauro aquático.
Realmente o dono do parque tem um bom ponto ao falar que o público quer mesmo é “mais tamanho e mais dentes”.
A parte final do filme valeu toda a espera, fiquei com um sorriso enorme no rosto durante toda a tomada de ação. Ainda mais que respeitaram os fãs e não mostraram nada dela durante os trailers. Vale muito a pena!
Em fim, adorei Jurassic World, do ponto de vista de uma criança. Quero reassistir no cinema, dessa vez em 2D, para tentar observar mais coisas e também ver se os efeitos valeram a pena em terceira dimensão. Além de pegar o copo promocional de Velociraptors.
Meu, como eu gostaria de poder visitar um parque daquele, mesmo sabendo os riscos!
Deixem aqui seus comentários e opiniões, para desenvolvermos ainda mais o assunto.
Grande abraço e curtam o trailer:
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Ai minha companheira de cinema olha pra mim e diz: ta chorando! Respondi sem medo que sim! Que estava emocionado com a trilha sonora tocando novamente no cinema. Esse filme mexe muita com a emoção e nostalgia de quem teve contato com os dinossauros pela primeira vez no primeiro Jurassic Park! Pena dessa gente chata com sindrome de critico que não curte um monento tão magico por causa de um roteiro mais ou menos. Otima critica, abraco verta! Filmaço!
Muito emocionante ouvir novamente a trilha original… Foi uma experiência sensacional. Junto com Mad Max, são meus filmes favoritos de 2015 até agora.
Já falei e repito aqui!
Quero ver Jurassic PLANET estrelado por nosso querido Maicon Korber. Chegando no climax do filme num Monster Truck, seguido por seu pack de T-Rexes! Eu levantaria e aplaudiria de pé, com lágrimas nos meus olhos! HAUHAUAHUAHAUHAU
Baccão, fica a dica pro trailer 😉
Jurassic Planet seria IRADO!
Basta aqueles cientistas despirocarem que ta implantado o CAOS!
Eu gostei muito do uso dos temas do John Williams, me trouxe à infância diversas vezes.
O que eu não gostei foi da trilha do Giacchino.
As adições dele foram ‘mais do mesmo’ dos filmes de ação.
Achei inclusive que ele erra na hora de subir ou descer andamento e intensidade das músicas o que faz as cenas não se sustentarem direito.
Eu não gostei do primeiro ou do segundo, não assisti o terceiro. Me oprima por isso. Então, provavelmente, não vá gostar deste aqui. De qualquer forma, achei a sua análise uóóóótima. E é diversão, se tivesse crianças em casa me obrigaria a levá-los.
Hehehehe, se não gostou dos dois primeiros, definitivamente não perca seu tempo indo no cinema, que é tudo farinha do mesmo saco mesmo, hehe.
Como eu ainda tenho em mim, aquele menininho apaixonado por dinossauros, eu fiquei maluco no cinema. Mesmo o roteiro sendo todo furado, 😛
Na boa só eu senti falta do outro domador de velociraptor que ficou preso no tronco da árvore na parte dos raptores caçando Indominus Rex??? Depois daquela parte todos vão embora da ilha e o negão ficou lá??? Será que é para ter um spin-off para video-game, será ótimo se for como alien isolation, ou mesmo um adv como dino crisis (1)…
Ele volta a aparecer depois que a situação final se resolve. Está são e salvo fora da Ilha Nublar, junto com os demais sobreviventes. Mas eu esperava uma interação maior dele com o Owen.
Um jogo desse ia ser insano mesmo! Ia preferir mais ainda se fosse o esquema do JP de Mega Drive, onde você podia jogar com o Raptor, hehe.
Ou o de PSX, que revezava nas fases. Tinha uns esquemas legais, que você jogava como Human Hunter e outras como Human Prey, na qual só podia fugir e se esconder hehe. Além da fase mais foda de todas, na qual você joga com o T-Rex.
O filme é muito empolgante! Saí do cinema felizão!
Agora se olhar bem de perto vai parecer a superfície lunar, de tantas crateras.
Eu achei a direção do filme bem qualquer coisa, sendo que as cenas mais legais são claramente referencias a cenas do primeiro e terceiro filmes. Referências essas que são FODA.
Gostei dos personagens, apesar do Peter Quill estar no filme interpretando o Chris Pratt. Gostei dos moleques e até metade do filme estava triste que a Bryce Dallas-Howard estava com muita roupa. hehehe
Mas o que eu mais gostei foi de terem se dado ao trabalho de adaptar e referenciar os ajustes científicos das últimas décadas ao mostrar que os dinossauros foram mantidos como estavam no parque original simplesmente por que eram mais assustadores do que se fossem atualizados para se assemelhar aos devidos “decendentes”: os pássaros.
Gostei também como justificam as características da nova criação do parque, inclusive em momentos tão rápidos que devem passar despercebido para 99% do público e dei sorte em ter visto, como quando mostra os aquários do laboratório, com animais que tiveram suas genéticas utilizadas e um dos animais faz um movimento de pata frontal que o I-Rex usa na batalha final.
Assim como o Guilherme, preciso ir comprar meus copos “holográficos” e acrescentar ao carrinho miniaturas de todos os dinossauros do filme!
Estou ansiosamente aguardando a versão de colecionador com os 4 filmes e um portal do parque! 😀
A Bryce ruiva tava demais, quando ela abre a blusa para provar um ponto eu achei que ela ia tirar tudo e dar o show da camisa molhada,hauhauaha, aí lembrei do PG 13 do filme, hauahuah.
Fantástica a sua análise Re! Adicionou boas infos!!!