Dirigido por Bryan Singer, X-Men: Apocalypse estreia no Brasil nesta semana, um dos filmes de super-heróis mais aguardados do ano (olha que a concorrência é alta… imagina a expectativa), Mais um filme para a franquia mutante da Fox.
Sim, é um filme bom, não é “extraordinário”, tem seus defeitos e seus acertos, assim como qualquer filme. O roteiro é bem simples e fraco, o que move os heróis são sempre as motivações pessoais e seus desejos. O sonho de paz entre humanos e mutantes idealizado por Charles Xavier (James McAvoy) e a sobrevivência do mais forte, imposto por En Sabah Nur, o Apocalipse (Oscar Isaac).
Vemos esses ideais se confrontando ao longo de toda a trama. A apresentação de cada personagem é muito interessante. Muitos roubam a cena, como a bela atuação de Magneto (Michael Fassbender) e Mercúrio (Evan Peters). Magneto é muito bem explorado, mostrando seu lado humano e de onde vem seus ideais (que podem não ser heróicos, mas a gente entende).
Porém pecam em não explorar devidamente outros personagens, os tornando vazios e fúteis, como Anjo (Ben Hardy) e Psylocke (Olivia Munn). Ambos pareciam tão importantes nas imagens de divulgação, mas achei tão vazios, parecia que estavam ali para preencher buraco. O Anjo, um personagem tão importante para a Saga de Apocalipse, é tão mal explorado…
Personagens como Ciclope (Tye Sheridan), Noturno (Kodi Smit-McPhee) e Jean Grey (Sophie Turner) tem o seu merecido destaque, tornando-os muito importante para a história. Os três são bem carismáticos e é incrível a química entre eles. No entando, Mística (Jennifer Lawrence) se mostra um personagem nostálgico, meio perdida na trama, obrigando-a a liderar os X-Men em certo momento.
Um ponto bem alto do filme é a cena do personagem Mercúrio (Evan Peters). Não vou dar spoilers, mas uma cena é fantástica, seguindo a mesma linha de sua participação em “Dias de Um Futuro Esquecido”.
É interessante ver como os filmes dos X-Men se linkam. Neste, vemos Ciclope, Jean Grey e Tempestade ainda novos, sem saberem usar seus poderes com controle total. E lembrar como estavam mais maduros nos outros filmes, afinal eram os professores das crianças. Interessante essa ligação.
Um elemento muito presente (e desnecessário) é a fotografia dos personagens, ser tão posuda. Enquanto Apocalipse explica seu plano maléfico, os quatro cavaleiros do Apocalipse seguiam fazendo cara de mau em segundo plano, com o corpo meio que posado para a câmera. Esse tipo de coisa acho desnecessário. Podiam ter deixado eles sentados, descansando, ou ausentes da cena. Estavam ali prestes a sacar uma arma e explodir tudo… Alias, falando em explosão, tem muita explosão e destruição nas cenas de ação. Tudo muito exagerado.
X-Men Apocalipse é um filme legal da franquia, não é muito profundo, não vá com expectativas e nem se prenda à história dos gibis. Estou aqui me segurando para não descer a lenha nos comparativos entre o gibi e o filme, melhor ser imparcial e não estragar as surpresas de ninguém. No meu site pessoal “Chase Faster” você confere minha crítica com spoilers e comparativos com o gibi, é so visitar lá.
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