A Capcom Brasil nos enviou uma chave de análise do Onimusha 2 Remastered, uma nova versão que traz inúmeras melhorias.
Como se trata de um jogo lançado em 2002, que eu nunca havia jogado, fiquei bastante empolgado para conferir o retorno de um título tão querido, assim como os aprimoramentos feitos pela empresa em relação aos gráficos e ao gameplay.
Após a nossa prévia, publicada a algumas semanas, apresento para vocês a nossa análise final que, basicamente, traz alguns acréscimos ao que abordamos neste conteúdo.
A história
Assim que iniciamos, nos é passado um contexto breve do primeiro jogo, antes de apresentarem o nosso protagonista.
Oda Nobunaga, um dos mais importantes Daimyos de sua época no período Sengoku, após ter sido derrotado em Onimusha Warlords, tem seu poder demoníaco restaurado e está pronto, mais uma vez, para dominar todo o país.
Isso nos leva ao início de Onimusha 2, em um ataque dos demônios a vila Yagyu, onde eles dizimaram todos os seus habitantes sem dó nem piedade.
Em seguida, somos apresentados a Yagyu Jubei, o protagonista da vez, que ao ver sua vila destruída parte em busca de vingança contra os responsáveis por esse massacre.
Após explorar a área, Jubei encontra um demônio que estava chamando seu nome e explica ao guerreiro que Nobunaga está por trás do ataque a sua vila.
No entanto, a entidade explica que Jubei precisa reunir 5 orbes, criados para proteger a raça humana dos demônios, para que ele possa ter a chance de derrotar Nobunaga.
Além disso, ele consegue a habilidade de absorver a alma dos inimigos derrotados e, no altar do dragão, que encontramos logo no início do jogo, adquire também um poder oculto que descobrimos ser uma espada com poderes misteriosos.
A partir daí iniciamos nossa jornada para vencer o lorde dos demônios e concluir nossa vingança.
O enredo em si é bem simples e direto ao ponto. À medida que jogamos, alguns personagens chave são apresentados, como Ekei, Magoichi, Oyu e Kotaro, que auxiliam Jubei em alguns momentos específicos na aventura, tanto no combate, quanto no decorrer da história.
Cada um apresenta uma personalidade única e suas interações são bem legais e divertidas.
Mesmo sendo simplório, o enredo tem algumas nuances bem interessantes que nos instigam a seguir para descobrir mais, seja pelos personagens que encontramos, ou mistérios que desvendamos, principalmente no que diz respeito as origens de Jubei.
Sendo o meu primeiro contato com Onimusha 2, devo dizer que curti bastante minha experiência com o jogo.
Como funciona o gameplay
O gameplay em Onimusha 2 é um dos pontos cruciais do jogo.
Sendo um título lançado em 2002, o mesmo traz alguns recursos de jogabilidade bastante populares daquela época.
Se você é um fã dos Resident Evil clássicos, Onimusha 2 com certeza irá te arrancar sorrisos, como aconteceu comigo.
O jogo apresenta a famosa câmera fixa, onde andamos por uma parte do cenário e, ao avançar para o próximo, uma segunda parte é carregada e assim por diante.
Os ambientes são bem lineares, com algumas áreas distintas para serem exploradas em busca de recursos.
Quanto ao combate, Jubei possui, inicialmente, uma espada com poderes misteriosos, como expliquei anteriormente.
Ele pode desferir uma sequência de ataques nos inimigos, ativar sua postura para direcionar melhor seus golpes, esquivar, usar ataques carregados e utilizar os poderes de sua espada, que gastam poder mágico.
Durante nossa jornada, podemos encontrar livros e pergaminhos que nos concedem novas habilidades, além de, é claro, aprimorar nossas armas e armaduras através das almas que coletamos.
Sobre as almas, temos 4 tipos distintos.
As vermelhas, para aprimoramentos; as azuis, que recuperam poder mágico; as amarelas, que recuperam seu HP e, por fim, as roxas, que carregam o nosso poder supremo, digamos assim, permitindo a Jubei se transformar em Onimusha temporariamente.
Essa transformação dá um boost nos ataques do protagonista e deve ser usada em momentos bem específicos, como em uma boss fight, por exemplo. Durante a minha experiência nessa prévia, só consegui usá-la uma vez.
Novas armas são desbloqueadas à medida que avançamos na história. Temos quatro no total: a espada, a lança, um bastão com duas lâminas e um martelo parrudo.
Cada uma possui habilidades diferentes que casam bem com diferentes situações, então recomendo explorá-las.
O martelo, por exemplo, é excelente contra inimigos mais pesados, embora os golpes de Jubei se tornem mais lentos.
O bastão com duas lâminas é ágil, possui mais hits no combo desferido e possui um poder de vento, que pode ser usado em puzzles.
Além disso, conseguimos itens explorando os cenários e encontrando baús. As tão conhecidas ervas verdes estão presentes aqui, usadas para curar o personagem, entre outros com finalidades diferentes.
Alguns recursos específicos vão para a aba presente em nosso inventário e, ao presentear os companheiros de Jubei, que mencionei anteriormente, podemos conseguir recompensas únicas.
Recebemos desde ervas até jóias que aumentam nosso poder mágico e barra de HP, então é importante ficar atento a personalidade dos bonecos e entender qual presente irá lhe satisfazer mais. Caso contrário, a recompensa pode não ser muito boa.
De um modo geral, o gameplay é bem gostosinho, apesar de possuir limitações. A câmera fixa, por exemplo, conforme a quantidade de inimigos presentes na tela, pode atrapalhar bastante.
Quando nos deparamos com uma boa quantidade de inimigos em tela, isso pode se agravar ainda mais, principalmente quando mesclam com os mais fortes.
Contudo, para um jogo lançado em 2002, nota-se um carinho da Capcom em muitos aspectos, além de inspirações em seus títulos mais populares, como o próprio Resident Evil.
Uma boa variedade de inimigos
Em cada ambiente que visitamos somos apresentados a novos inimigos. Temos desde os mais comuns, como os samurais com espadas que encontramos no início, até os mais fortes, que causam bastante dano.
Sendo um jogo que levamos de 7 a 9 horas para finalizar, conforme nossa progressão, eu achei a variedade de oponentes bem interessante. Alguns, inclusive, surgem em versões mais fortes mais para o final do jogo.
As lutas contra chefes podem ser bem desafiadoras e necessitam de atenção, para entender seus padrões de ataques.
Eu acabei me frustrando com alguns, mas nada que um pouco de paciência não resolvesse.
Quebra cabeças e “back tracking”
Em Onimusha 2, periodicamente encontramos quebra cabeças para serem resolvidos. Certos baús que encontramos, precisamos mover as peças para formar uma figura em um número limitado de movimentos.
Estes são bem importantes para que consigamos itens mais raros, mas não estão ligados diretamente à história.
No entanto, temos outro onde precisamos adicionar em um quadro uma sequência de números que totalizam o que está sendo mostrado no topo, onde conseguimos itens chave para avançar.
Quanto ao famoso back tracking, em Onimusha 2 isso está bem presente. É necessário visitar certas áreas novamente vez ou outra, para adentrar em locais que antes não estavam acessíveis.
Creio que alguns jogadores podem achar isso um tanto maçante, pois o jogo nem sempre nos mostra exatamente onde precisamos ir.
É necessário prestar bem atenção aos textos durante interações com objetos, de forma a entender qual recurso precisamos para avançar. Assim, quando o encontramos, fica mais fácil entender onde usá-lo.
Embora para mim isso não seja um problema, às vezes se torna chato esse vai e volta, mas nada que comprometa drasticamente a experiência.
As melhorias do Remaster
Esse remaster de Onimusha 2 traz inúmeras melhorias se comparado ao jogo original, tanto para divertir antigos fãs, quanto para apresentá-lo a um novo público.
Nesta versão contamos com gráficos em HD, controles modernos, mini-jogos disponíveis para acesso desde o início, além do modo de dificuldade infernal.
A modelagem dos personagens, efeitos visuais, cenários, cenas em CG e a interface geral são apresentados em alta resolução, o que é um salto insano se comparado ao original.
Os jogadores também podem ajustar a proporção da tela, alternando entre os formatos 16:9 e 4:3 a qualquer momento.
Outro recurso adicionado aqui é o salvamento automático, que grava nossa jornada em momentos específicos, sem a necessidade de voltarmos sempre ao espelho mágico para isso.
A troca de armas, antes realizada através dos menus, agora pode ser feita in-game, sem a necessidade de pausa, deixando o gameplay mais dinâmico.
Temos outros menus que não podemos explorar nessa prévia, mas com certeza iremos abordá-los em nossa análise final.
Vale a pena?
De um modo geral, eu me diverti bastante nesse meu primeiro contato com Onimusha 2 Remaster.
O enredo, embora simples, é interessante, os personagens são carismáticos e o gameplay, flui muito bem, com uma boa gama de inimigos e armas que podemos utilizar.
A jornada não é muito longa e isso é algo bom, tendo vista as limitações que o jogo possui, já que foi lançado em 2002.
Se você é fã de longa data da franquia, comente aí suas expectativas para esse remaster e como foi a sua experiência com a versão original.
Aproveito para agradecer novamente a Capcom Brasil por mais essa oportunidade e confiança em nosso trabalho.
Onimusha 2 Remastered chega em 23 de Maio de 2025.
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