Doom The Dark Ages chega na próxima semana e tivemos a oportunidade de jogá-lo antecipadamente, graças a NVIDIA Brasil e a Bethesda.
Será que essa nova instância da franquia faz juz ao seu nome? Após pouco mais de 5 horas de jogatina, confiram agora as nossas primeiras impressões do novo título.
A história
O jogo começa durante uma invasão de demônios no vilarejo de Khalim, localizado no planeta Argent D’Nur, onde os Sentinelas da Noite, o povo que ali vive, lutam para sobreviver.
Em meio ao caos, duas figuras demoníacas surgem e logo revelam seu objetivo: obter o Coração Argent que está naquele lugar.
Não é explicado de imediato o motivo pelo qual precisam desse objeto, algo que será esclarecido em capítulos posteriores da história.
Durante esse diálogo, ambas as entidades mencionam a presença de um ser poderoso que os humanos irão invocar a qualquer momento, o que os leva a se apressar.
Enquanto isso, os Sentinelas da Noite se esforçam ao máximo para manter suas defesas e, temendo a aniquilação total, entram em contato com o bispo Kreed Maykr, que está em sua nave orbitando o planeta, pedindo que ele intervenha.
É nesse momento que nosso protagonista, o temível Slayer, que está sob controle, é enviado ao vilarejo para resolver a situação. Assim começa nosso gameplay.
Toda a estrutura do enredo é dividida em capítulos, intercalados por cutscenes que mostram os desdobramentos da história.
Durante as mais de 5 horas que joguei, várias figuras importantes apareceram, revelando seus objetivos e os motivos pelos quais precisam do Coração Argent.
Fica evidente que tanto humanos quanto demônios temem a presença do Slayer, devido à sua força e agilidade. Esse é um ponto bastante enfatizado, que eu, particularmente, apreciei muito.
Até o momento, o enredo se apresenta como simples, mas muito interessante. Essa simplicidade é positiva, pois nos incentiva a seguir em frente para entender o que será feito com o Coração que tanto buscam, como isso influencia a presença do Slayer e se ele será libertado do controle dos Maykr em algum momento.
A cereja do bolo: O gameplay
O gameplay de Doom: The Dark Ages mantém toda a brutalidade e carnificina apresentadas nos jogos anteriores, como era de se esperar, com alguns acréscimos interessantes na jogabilidade.
Novas formas de eliminar demônios foram implementadas para tornar a experiência ainda mais divertida. O Slayer pode andar, correr, executar ataques corpo a corpo, pular, atirar, usar o parry, realizar investidas com o escudo e derrotar inimigos ao cair de grandes alturas, graças ao impacto no chão.
O arsenal do nosso protagonista, como em todos os jogos da série Doom, é extenso, com cada arma cumprindo uma função específica contra as inúmeras hordas demoníacas. Temos desde as clássicas, como a escopeta e a super escopeta de dois canos serrados, até as novas, como a metralhadora que dispara fragmentos de ossos para dizimar grandes grupos rapidamente.
Durante as minhas 5 horas de jogatina, já consegui adquirir pelo menos 8 armas, e ainda há espaço para mais, visto que não estou nem na metade do jogo. Cada arma possui uma classe específica; por exemplo, a escopeta dispara cartuchos, enquanto a metralhadora utiliza projéteis que mais parecem estacas. Também temos a famosa plasma gun e assim por diante.
Esse sistema de classes é importante, pois algumas das armas mais recentes que encontrei são, basicamente, variações mais poderosas das anteriores, como a super escopeta.
Nem preciso dizer o quanto é gratificante usar todo esse poder de fogo para eliminar as grandes hordas que encontramos pelo caminho. É simplesmente delicioso.
Para intensificar ainda mais a brutalidade do Slayer, foi adicionado um escudo ao personagem, permitindo defesa contra ataques, uso de investidas, parries e, claro, ataques com sua serra.
Em Doom: The Dark Ages, esse recurso é dado uma grande importância, tornando-se fundamental em batalhas mais intensas, especialmente contra chefes. A investida com o escudo permite ao Slayer destruir vários inimigos de uma vez, enquanto a serra pode imobilizar monstros por um curto período, permitindo que ataquemos com tiros ou com as próprias mãos.
O parry, por outro lado, pode ser utilizado somente em momentos específicos. Certos demônios, como mostrado em trailers, possuem ataques com uma energia verde que podem ser golpes ou projéteis. Quando vemos essa energia, podemos usar o parry do nosso escudo para devolver os projéteis ou atordoar inimigos mais fortes que atacam com essa mesma energia.
Essa mecânica torna-se ainda mais crucial nas batalhas contra chefes, especialmente aqueles que usam armaduras e resistem ao poder de fogo do Slayer. Se você está preocupado com o timing do parry, pode ficar tranquilo, pois ele não é muito complicado. Além disso, o próprio jogo nos permite ajustar o tempo do parry de acordo com nossa preferência, tornando a janela mais curta ou longa.
A utilização do escudo me agradou, pois adiciona camadas divertidas à jogabilidade, exigindo estratégia em momentos em que enfrentamos hordas gigantes de inimigos normais e mais fortes.
Para finalizar, os ataques corpo a corpo não são novidade para os fãs de Doom. Em The Dark Ages, logo no início, obtemos uma manopla poderosa que nos permite executar combos de até três hits nos inimigos, causando bastante dano. Esse recurso, combinado com a imobilização proporcionada pela serra, pode ser letal e uma excelente forma de conseguir mais munição para nossas armas.
E, obviamente, quando os demônios ficam atordoados, podemos realizar uma execução, resultando em animações gráficas impressionantes. É algo bastante satisfatório.
Embora o jogo seja familiar em muitos aspectos, a equipe responsável por Doom conseguiu inovar ainda mais na jogabilidade, adicionando novas ferramentas para o Slayer derrotar seus inimigos e aumentando nossa diversão.
Não posso deixar de mencionar o uso do Atlas, o robô gigante que vimos em trailers, e o dragão voador que o Slayer utiliza. A jogabilidade com o Atlas, embora limitada até o ponto em que joguei, é bastante divertida. Enfrentar demônios gigantes e sentir o impacto das porradas traz uma sensação intensa.
Já o uso do dragão, sinceramente, foi um dos pontos que menos apreciei. A jogabilidade com ele flui bem, mas o uso de suas armas acaba se tornando uma espécie de mini-game que pode se tornar repetitivo rapidamente.
Evoluindo o Slayer
Assim como nos jogos anteriores, em Doom: The Dark Ages, podemos evoluir os equipamentos e armas do Slayer.
Em um determinado capítulo, logo no início, encontramos o que eles chamam de Santuário dos Sentinelas, onde podemos aprimorar todas as armas, o escudo e os ataques corpo a corpo do protagonista.
Isso é feito com o uso de moedas douradas, que encontramos ao explorar os cenários. Além disso, certos upgrades requerem rubis e pedras de abantesmas, que também podem ser adquiridos por meio da exploração.
O escudo e os ataques corpo a corpo têm uma ramificação única, com a adição de runas que podemos encontrar e que nos oferecem mais vantagens em combate. Durante a minha jogatina, até o ponto em que cheguei, não encontrei nenhuma runa.
Em relação à evolução do nosso personagem, certos inimigos, conhecidos como líderes, ao serem derrotados, soltam um recurso chamado essência demoníaca, que pode aumentar a saúde, a armadura e a quantidade de munição das nossas armas.
Tendo isso em mente, é importante investigar áreas que possam ter inimigos secretos que contenham esse recurso, mas não se preocupe, pois eles também podem ser encontrados ao longo do caminho principal da campanha.
Tudo isso é bem simples e intuitivo, e recomendo dedicar um tempo analisando as habilidades disponíveis em cada arma, especialmente aquelas que se acumulam com o progresso nas missões, pois possuem incrementos cruciais para enfrentar as hordas.
Exploração, segredos e o mapa
Os ambientes em Doom: The Dark Ages, como explicado em trailers, não são tão lineares quanto nos jogos anteriores. Embora não sejam vastos, pelo menos os que joguei até aqui, eles oferecem boas áreas para investigar em busca de recursos valiosos para o Slayer.
Cada ambiente possui segredos escondidos que exigem a atenção do jogador para serem descobertos, pois podem facilmente passar despercebidos.
As áreas secretas podem conter desde coletáveis, visuais diferentes para nossas armas, munição, peças de escudo e até vida extra.
Recomendo fortemente que vocês explorem os cenários em busca de seus segredos; vale muito a pena.
Felizmente, contamos com um mapa para auxiliar nessa busca e exploração. Ao utilizar esse recurso, temos acesso a um mapeamento em 3D de todo o local, mostrando áreas superiores, inferiores e aquelas que ainda não foram acessadas.
Pode parecer um pouco confuso no início, devido aos comandos para ajustar a posição no mapa, mas é possível se acostumar rapidamente.
Com toda a agitação das hordas e batalhas intensas, às vezes eu esquecia de verificar o mapa para ter certeza de que determinada área havia sido vasculhada.
Dessa forma, assim como a exploração é importante em Doom: The Dark Ages, o uso do mapa também é fundamental nesse aspecto.
Desempenho no PC
Recebemos a versão de PC diretamente da NVIDIA, em parceria com a Bethesda, e agradeço pela confiança.
Pude experimentar o jogo em uma GeForce RTX 5070, que recebemos recentemente da NVIDIA, e a otimização nessa versão está excelente.
Tive a oportunidade de testá-lo também em uma RTX 3070 Ti, rodando em 2K com configurações gráficas mais altas, e o desempenho foi bastante satisfatório, mantendo-se entre 55 e 60 fps.
Graças a tecnologias como o DLSS, que aprimora o desempenho enquanto mantém a qualidade, e à geração de frames, presente na RTX 5070, consegui rodar o jogo com a máxima qualidade e taxas de fps altíssimas.
O jogo oferece uma boa gama de configurações que podem ser ajustadas para se adequar da melhor forma possível às nossas preferências.
Além disso, com o uso do NVIDIA Reflex, temos uma precisão ainda maior no uso do mouse, algo extremamente importante em jogos como Doom, que são em primeira pessoa.
Minhas impressões até o momento
Após jogar pouco mais de cinco horas de Doom: The Dark Ages e ainda ter muito pela frente, posso afirmar que estou completamente imerso no jogo.
Sua história, embora simples, é bastante interessante, e mal posso esperar para descobrir como os rumores vão se desenrolar.
No entanto, a verdadeira “cereja do bolo” e a essência de todo jogo da franquia Doom é, sem dúvida, o seu gameplay. Em The Dark Ages, conseguiram aprimorar ainda mais o que sempre foi excelente, trazendo novas camadas de jogabilidade com os recursos atualizados do Slayer.
Estou muito curioso para avançar na campanha e ver quais outras surpresas, armas e demônios me aguardam.
Se você já estava empolgado com Doom: The Dark Ages, tenho certeza de que seu hype irá às alturas logo no início do jogo.
Veja nosso vídeo de primeiras impressões no Youtube:
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