Como já é de costume, o Meia Lua esteve presente em mais uma edição da Brasil Game Show para cobrir as novidades e eventos da maior feira de games do Brasil e contar a vocês se, após quinze anos, ainda é válido comparecer ao evento.
Já no primeiro dia de Brasil Game Show, destinado para imprensa, convidados, criadores de conteúdo, influencers, expositores e VIPs, pudemos notar algumas falhas de organização no evento: uma inesperada (e injustificada) fila para acesso a sala de imprensa nos pegou de surpresa, tornando questionável o horário antecipado em que os portões foram abertos.
Além disso, as barracas da praça de alimentação, mesmo que numerosas, apresentaram alguns problemas de abastecimento. Em determinados momentos, não apenas no primeiro dia, foi frustrante precisar percorrer várias barracas para encontrar água, já que a grande maioria tinha disponíveis apenas refrigerantes e energéticos.
Dentre algumas reclamações do público geral sobre a BGS, a mais recorrente consiste na quantidade exacerbada de pessoas em filas para teste de jogos e para acesso aos convidados famosos do evento. No entanto, creio que seja difícil sugerir soluções eficazes para tais questões, uma vez que já é esperado que haja tumulto assim como em todos os anos.
É realmente um aspecto que prejudica a experiência de quem vai a BGS, e que pode fazer com que parte do público não retorne, mas dificilmente seria possível uma logística que permitisse que o público tivesse acesso as melhores experiências sem filas e um certo tumulto. Por isso, parte do público acaba se divertindo mais em experiências aleatórias que rolam pela feira do que testando jogos nos grandes estandes.
Sobre as principais empresas presentes, tanto a SEGA como a Nintendo ofereceram boa estrutura, mas ambas apresentaram poucas novidades para teste.
Enquanto a SEGA trouxe Yakuza, Metaphor ReFantazio e Sonic X Shadow Generations, a Nintendo focou no lançamento dos novos jogos de Mario e Zelda. Ambos espaços contavam com filas maçantes que fizeram parte do público desistir de testar as novidades.
Outro estande que se destacou foi o da Samsung, como já é de costume. A marca apresentou novos modelos de TV, monitores gamers, celulares, dentre outros, sendo também um dos estandes mais bem organizados. No mesmo segmento, tivemos a participação de empresas como Cougar, LG, Hyperx, Logitech e Pichau, que trouxeram jogos e muitas ativações.
No estande da Devolver Digital, tivemos acesso a quatro diferentes jogos (Cult Of The Lamb, O Escudeiro Valente, Stitick Stick Man e Neva), além de um detalhe interessante: uma parede de TV’s estilo vintage que reproduziam vários trailers dos jogos da empresa. Além disso, havia uma estação de Neva em parceria com a Ablegamers, na qual havia controle e espaço adaptados para pessoas com necessidades especiais
Em sua primeira participação na Brasil Game Show, A SNK e a Arcsystem também trouxeram poucas novidades. Enquanto a Arc trouxe seu CEOe três jogos para serem testados (Double Dragon, Hunter x Hunter e Guilty Gear Strive de Switch), a SNK focou as atenções no lançamento Fatal Futy: City of The Wolves. Mesmo com uma enorme fila para teste, nós do Meia Lua conseguimos analisar Fatal Fury e vamos contyar tudo sobre o game aqui no site em breve!
Vale ressaltar positivamente a melhoria no espaço da exposição de jogos indie, o que facilitou os testes e tornou a área menos “sufocante”. É uma oportunidade de testar esses games com mais conforto, além de falar com os criadores de forma mais tranquila num espaço mais amplo, evitando o “empurra empurra” que incomodou em outras edições.
No entanto, a ampliação acabou deixando a área indie quase que mesclada aos pontos de venda de produtos, o que pode ter feito com que essa parte tão importante do evento tenha passado em branco para parte do público.
Essa ampliação pôde ser notada no evento como um todo: o melhor aproveitamento do espaço proporcionou ao público uma melhor circulação dentro e fora dos estandes. Mais um ponto positivo consiste na realização de campeonatos de eSports, além do tradicional show da Sonic Symphony, que já se tornou um clássico da Brasil Game Show.
É impossível não mencionar as barracas de action figures, que impressionaram o público pela qualidade e ultra realismo de suas peças, mas também pelos valores exorbitantes das peças, que chegavam a R$25.000,00.
Num aspecto geral, o que fica sobre a Brasil Game Show é uma experiência positiva que é construída pelo próprio público. É gratificante reencontrar amigos durante o evento e presenciar o respeito e carinho existentes entre a comunidade.
Faz falta presenciar uma experiência verdadeiramente impactante para a comunidade gamer, mas é preciso levar em consideração que o “conjunto da obra” ainda faz valer a pena, principalmente para quem não teve a oportunidade de comparecer ao evento em edições anteriores e sonha em conhecer a BGS.
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