A nova DLC de dungeons de The Elder Scrolls Online, Scalebreaker, traz a terceira fase da Temporada do Dragão. Nas duas novas dungeons – Lair of Maarselok e Moongrave Fane -, os jogadores enfrentam desafios, que incluem: vampiros e criaturas amaldiçoadas. Assim como ocorre com as outras dungeons do jogo, elas contam com uma quest em seu interior e possuem como recompensa um skill point (lembrando que a quest pode ser feita apenas uma vez por personagem).
Tanto a história das quests de Lair of Maarselok e de Moongrave Fane se passam após a libertação dos dragões do Halls of Colossus e do ataque em Elsweyr, e, aparentemente, os eventos são apresentados como uma consequência do retorno dos dragões. No entanto, diferente do que ocorre em Wrathstone, as quests das duas dungeons não estão diretamente conectadas ou se completam.
Lair of Maarselok
Lair of Maarseok é uma dungeon localizada em Grathwood – uma das regiões de Valenwood e a zona onde que a capital do Aldemeri Dominion, Elden Root, se encontra -, que faz fronteira com Elsweyr. Nessa dungeon, o dragão Maarselok estava adormecido por séculos, porém ele desperta com a abertura dos Halls of Colossus e agora está espalhando sua corrupção, uma espécie de praga, que está afetando as plantas, animais e habitantes de Grathwood e ameaça destruir a região.
A fim de impedir essa corrupção de continuar se espalhando e salvar o seu lar, um grupo de bosmers recrutam os jogadores para a missão, assim como dois antigos conhecidos dos jogadores: Selene e Carindon, ambos personagens centrais da dungeon “Selene’s Web”. Na quest da dungeon – “Knowledge Gained” -, Caridon está liderando um grupo da Guilda dos Magos em busca de um espírito da floresta chamado Selene, conforme se progride na dungeon, os membros do grupo são mortos e Caridon insiste em continuar. No final, Caridon captura o espírito de Selene para estudar e usar os poderes do espírito.
Sim, Caridon não é o tipo de NPC que a maioria dos jogadores gostam de ter ajudado, visto que sua motivação em Selene’s Web estava clara em capturar Selene após invadir seu território, sem nenhuma prova de que ela era um agente perigoso ou que havia feito uma provocação prévia, desejando apenas usar os poderes da sacerdotisa para suas próprias ambições. Ele é o típico indivíduo que acha que pode usar e pisar nos outros. Inclusive, ele tenta impedir que o grupo cumpra a promessa feita a Selene de libertá-la no final de Lair of Maaselok com o argumento de que ele não prometeu nada ao espírito que ele torturou.
É muito bom que ao final, a tentativa de Caridon de manter Selene aprisionada não dá certo, pois o espírito/npc é essencial para que Lair of Maaselok seja completado pelos jogadores.
Os inimigos presentes em Lair of Maaselok são criaturas nativas de Grathwood – como Aranhas, Vespas, Lurchers e Ursos – infectados pela corrupção do dragão e fazendo com que eles estejam mais poderosos e hostis. A corrupção se mostra tão poderosa que um desafio apresentado aos jogadores na metade da dungeon quando a corrupção começa a afetar os personagens dos jogadores, o que os obriga a rapidamente correr para um dos centros de “purificação” que Selene cria. Então, é necessário ficar de olho nesse detalhe.
Durante uma das batalhas contra Maaselok, os jogadores precisam correr entre eliminar os monstros, ficarem vivos e defenderem Selene, essa última parte é essencial, visto que é ela quem envia ataques para enfraquecer Maaselok o suficiente para que os personagens dos jogadores possam ataca-lo quando ele estiver caído. Portanto, negligenciar a defesa do NPC pode fazer com que a luta dure BASTANTE tempo. Não esqueça de se defender toda vez que você se encontrar como um dos alvos da voz – vulgo Fus-Ro-Dah – de Maarselok, a não ser que você queira ficar sendo lançado para todos os lados do mapa como um boneco.
Assim como a maioria das dungeons, movimentação é chave em Lair of Maaselok, visto que os mini-bosses e os bosses da dungeon frequentemente lançam “poças” da corrupção em áreas no chão – que se manifestam como chamas azuis -, que causam dano constante. Então, se você ficar muito tempo em cima de uma dessas poças ou se elas começarem a empilhar aos seus pés, você morre em bem pouco tempo. Portanto, se mova bastante, leve uma arma de dano à distância (se for um DPS) e fique lançando magias de cura no Tank (se for o suporte).
O cenário é montanhoso, com uma mistura do marrom e verde do terreno com o azul da corrupção de Maarselok, e a maioria do andamento da dungeon se passa em espaços abertos enquanto escalamos a montanha. Tome cuidado para não cair de uma das laterais enquanto procura por baús observa o cenário, ou enquanto batalha com os bosses. A câmera em terceira pessoa com a distância entre câmera e personagem para que você possa ver bem onde o seu personagem está pisando, além de dar uma boa visão geral do combate.
Foram adicionados quatro sets de equipamentos Z’en’s Redress (armadura leve); Azureblight Reaper (armadura média); Dragon’s Defilement (armadura pesada); e Maarselok (monster helm – adquirida apenas na dificuldade Veterana e disponível nos três tipos de armadura). A primeira impressão, ao observar os bônus de todos os sets é que eles parecem ser bons para builds de Tanks ou para DPS que priorizam defesa, apenas se certifique de testá-las antes de dar um passeio por Cyrodill, ou participar de uma dungeon no veterano ou e um Trial.
Moongrave Fane
Moongrave Fane está localizada em Elsweyr, próximo do portal que leva à Grathwood, dentro das ruínas de um antigo templo Khajiit. Nessa dungeon, os jogadores são convocados por um membro da Dragonguard, o Chevalier Renald para impedir que um de antigo companheiro dele, Grundwulf, e um culto de vampiros, o clã Hallowfang (que pode ser traduzido como “Presa Oca”) de beber o sangue de um dragão que está aprisionado na ruína para adquirirem seu poder. Não é preciso dizer que tudo que Tamriel menos precisa nesse momento é um clã de vampiros adquira poderes de um dragão, principalmente durante esse momento da segunda era.
Os inimigos dessa dungeon basicamente são vampiros membros do culto de diferentes classes, com a adição de alguns animais e atronachs, porém o desafio que faz de Moongrave Fane única foi a adição de glóbulos de sangue – que podem ser criados e destruídos em pontos específicos do cenário – que afetam o comportamento e a defesa dos inimigos. Por exemplo: há fantasmas vermelhos que possuem um escudo ao redor deles, e a única maneira de fazer com que o escudo caia e que seja possível derrubá-lo e começar a causar dano é que um jogador invoque uma das esferas e a destrua com um ataque pesado. Outra situação está no segundo boss da dungeon, em que se ele interagir com um dos orbes do cenário, um jogador será morto imediatamente, independente da quantidade de HP que ele ainda possui.
Claro, há uma pegadinha a respeito dos orbes de sangue: o jogador que a invocar irá sacrificar boa parte de seu HP, o deixando vulnerável para ataques dos adversários. Como a mecânica dos orbes não é algo que se pode ignorar durante todo andamento de Moongrave Fane, minha dica é colocar apenas um jogador como responsável em se criar e destruir os orbes, além de ter o suporte sempre atento ao HP do grupo.
Outra mecânica interessante foi a introdução de blocos móveis na dungeon, algo que eu não tinha visto no jogo ainda. Esses blocos podem ser movidos com qualquer ataque – leve ou pesado – tanto de perto quanto de longe, e são utilizados como quebra-cabeças para abrir portas e para usar em batalhas contra bosses. Na situação dos quebra-cabeças, comunicação com o grupo é o ideal, já que quatro pessoas ficarem batendo no bloco, movendo ele para todos os lados, irá atrasar o andamento da dungeon e causar situações um tanto desagradáveis. Nas lutas contra os bosses, eu recomendaria novamente que um jogador – de preferência um DPS com uma arma de distância – fique responsável em mover os blocos, visto que não é recomendável chegar perto deles quando for necessário movê-lo.
O cenário é basicamente composto por partes internas e cercadas – tanto por rochas como por paredes – do templo, então, fora algumas poças de lava, eu não vi nenhum perigo do ambiente no qual seja necessário ficar atento mais do que o normal. Por outro lado, eu recomendo novamente manter a câmera em terceira pessoa para que você saiba o que está acontecendo ao seu redor e ficar atento às situações que precisam da criação/destruição dos orbes e movimentação de blocos.
Os sets disponíveis nessa dungeon são: Hollowfang Thirst (armadura leve); Dro’Zakar’s Claws (armadura média); Renald’s Resolve (armadura pesada); e Grundwulf (monster helm – adquirida apenas na dificuldade Veterana e disponível nos três tipos de armadura). Os quatro sets, pelo que posso observar, não possuem boas vantagens em usá-los em suas builds, com exceção do Renald’s Resolve, que possui bônus que são aparentemente muito úteis para o Tanks. Novamente, teste a build que você está desenvolvendo com esses equipamentos antes de enfrentar dungeons no veterano ou ir em Trials com elas.
Vale a pena comprar Scalebreaker?
Em particular, eu gostei muito das duas dungeons. As mecânicas adicionadas nelas adicionam um grau de dificuldade que permite que os jogadores sejam desafiados sem precisar jogar Lair of Maarselok ou Moongrave Fane no modo Veterano. No geral, eu não percebi nada em Scalebreaker que conecte diretamente as histórias das dungeons com os eventos que ocorreram em Elsweyr fora elas aproveitarem a fuga dos dragões do Halls of Colossus para adicionar mais conteúdo relacionado à dragões – o que faz todo sendo, já que estamos na Temporada do Dragão – e trazer mais personagens que fazem parte da Dragonguard – que foi abordada na main quest de Elsweyr e que já foi mostrado que fará parte da próxima DLC da temporada tal como foi mostrado no trailer da E3 2019.
Scalebreaker traz um conteúdo bem divertido para os jogadores que preferem explorar dungeons, adquirir nos equipamentos, e testar novas builds, principalmente considerando as mecânicas de combate presentes nelas. Elas aumentam a dificuldade do jogo? Aumentam. Elas fazem que o desafio seja mais divertido? Fazem.
Ao entrar pela primeira vez nas duas dungeons, o jogador recebe a máscara Dread-Aurelian Mask. As dragonas que combinam com a máscara são adquiridas após completa-las na dificuldade veterana.
The Elder Scrolls Online: Scalebreaker já está disponível mundialmente para PC, Mac, PlayStation 4 e Xbox One. A DLC pode ser adquirida na sua versão padrão por 1,500 crowns na Crown Store ou na versão Collector’s Bundle por 4,000 crowns – que inclui a montaria Ancient Dragon Hunter, o pet Ancient Dragon Hunter Wolf e cinco pergaminhos de experiência. Os jogadores que assinam a ESO Plus recebem a DLC em seu jogo sem a adição de preço.
