Entre os dias 18 e 21 de setembro esteve em cartaz no Teatro Bradesco o Disney in Concert, uma apresentação das músicas de grandes clássicos da Walt Disney Studios montado em espetáculo audio-visual com seis cantores, um telão de alta definição e a Orquestra Allegro regida pelo maestro Renato Misiuk.
Comprei ingressos para o domingo dia 21, último dia da turnê em São Paulo, então escrevo como recomendação futura.
Sou fã de música erudita, clássica, de câmara, nomeie como for, acho incrivel e impressionante o resultado de tamanhos dedicação, esforço e esmero aplicado para fazer claros os mínimos detalhes de cada trecho de uma música.
Minha expectativa para o concerto era baixa, mas a de minha esposa era alta.
Esperava mais da parte técnica do que da parte emotiva, já que não sou tão apegado às obras da Disney.
Ambos fomos atendidos.
O espetáculo teve início com um diálogo de apresentação da anfitriã, enquanto a cortina subia para exibir os diversos instrumentos e um telão imenso ao fundo.
Foram chamados ao palco, e apresentados ao público, o maestro e os cantores.
A primeira peça foi um medley de grandes obras Disney, foram exibidos trechos no telão enquanto as referentes músicas eram tocadas com perfeição.
Esta ditou o tom da apresentação, alterando entre novos e antigos clássicos.
Menção ao trecho no qual é insinuada a música da fada madrinha de Cinderella, que é bastante divertida e marcante e não foi explorada no restante da apresentação.
Abro um parentes para dizer que não tinhamos pego o programa do espetáculo, portanto, estavamos realmente no escuro quanto às músicas que seriam tocadas. Apenas no intervalo pegamos o panfleto.
Minha expectativa estava sendo atendida, o som estava limpo e claro, apesar de levemente alto, o telão exibia com muito brilho e cores as imagens que marcaram a trajetória cinematográfica do estúdio.
Na segunda peça a expectativa de minha esposa começou a ser atendida, um medley de Pequena Sereia, cantarolado por diversas pessoas.
Neste momento, bolhas de sabão caiam sobre o público, simulando o borbulho do mar.
Não narrarei a sequencia do espetáculo, mas podem observar a ordem do programa na imagem do folheto.
Considero supreendentes a inclusão de peças de Mogli e Pocahontas, pois conheço poucas pessoas com boas memórias das estórias ou das músicas.
A peça com as músicas de A Bela e a Fera foi o auge na primeira metade, pelo menos para minha esposa que ao final disse que já podia ir embora.
O primeiro ato foi encerrado com foco nos adultos, entoando os temas de Mary Poppins, inclusive com alguns dos passos de dança sendo replicados pelos cantores e uma aulinha dada pela apresentadora para que todos soubessem pronunciar “supercalifragilisticexpialidocious”.
Após intervalo de quinze minutos teve início o segundo ato, com uma canção de O Corcunda de Notre Dame. Um início curioso, mas interessante.
Em seguida as crianças foram ao delírio, afinal a obra que provavelmente será a marca desta geração estava sendo executada: Livre Estou, tema de Frozen – Uma Aventura Congelante.
Semelhante ao que ocorreu na peça d’A Pequena Sereia, flocos brancos caiam sobre o público.
Não assistimos Frozen.
Quanto à música: em português não tem o mesmo significado que em inglês, é boa, mas tirada do contexto não tem impacto.
Mas as crianças foram ao delírio, alguns adultos também.
Acredito que a intenção do segundo ato era um crescendo, sendo assim, acertaram quase em cheio.
A sequência de Aladin, Piratas do Caribe e culminando em O Rei Leão é emocionante e, para mim, ainda mais impressionante por ser executada ao vivo de forma tão competente.
Se terminasse com os temas de O Rei Leão teria sido perfeita, as pessoas deixariam o teatro extasiadas.
Entretanto, havia mais uma peça a ser tocada.
Uma peça simples, antiga e marcante para todos que visitaram o parque da Disney, em Orlando: Mundo Pequenino.
A música de uma das mais antigas atrações da história do parque é linda, mas não tem impacto para quem não foi ao parque e talvez não tenha impacto para as crianças de hoje que são banhadas por um nível artístico diferente daquele dos brinquedos animatrônicos.
Foi uma pequena queda, mas havia algo que o programa não listava.
Durante a execução da peça uma figura adentra o palco e leva o público ao delírio.
Mesmo que nenhuma música de suas animações tenha sido apresentada, ELE não podia faltar: Mickey Mouse!
Apenas sua presença mudou o tom.
O publico levantou aplaudindo, gritando, assobiando e sorrisos surgiram.
No final, apenas uma sensação ficava.
A sensação que a Disney faz tanto esforço em espalhar, a alegria.
E na minha opinião, um tipo de alegria única, a alegria de ser criança.