Participamos da cabine de imprensa do filme que pode ser considerado um dos mais aguardados do ano: “Thunderbolts”.
Em Thunderbolts, acompanharemos a saga de um grupo de anti heróis que trabalham para a poderosa Valentina Allegra de Fontaine (Julia Louis-Dreyfus). Recrutados pela personagem para uma missão que se desdobra de forma inesperada, eles percebem que precisarão se unir por um objetivo ainda maior: a sobrevivência. Enquanto Valentina busca escapar de investigações sobre experimentos humanos que poderiam tirá-la do poder, Yelena Belova (Florence Pugh), Bucky Barnes (Sebastian Stan), Fantasma (Ava Starr) e John Walker (Wyatt Russell) se unirão ao hilariante Guardião Vermelho (David Harbour) e ao misterioso (para alguns) Bob (Lewis Pullman) para derrubar os planos da vilã.
Confesso que fui a sessão de Thunderbolts com expectativas baixíssimas. O material de divulgação do filme, definitivamente, não faz jus ao que é apresentado. A história percorre caminhos que fogem completamente do óbvio. Aqui, iniciamos com um breve relato de Yelena sobre seu cansaço e esgotamento mental. E é essa análise que irá percorrer toda a trama: todos os personagens são levados a expor suas fraquezas psicológicas e traumas, discorrendo sobre pontos geralmente não aprofundados nas histórias de super herois.
Mas não se engane: Thunderbolts não é uma ação diluída em carga melodramática entediante e sem fundamento. Apesar de em diversos momentos vermos os personagens admitindo seu esgotamento e relembrando feixes angustiantes de suas vidas, ainda temos uma boa dose de ação, lutas extremamente bem coreografadas e efeitos visuais e práticos brilhantes.
O tão aguardado Sentinela não chega da forma que provavelmente a maioria dos fãs esperava: o potencial destrutivo do personagem, apesar de ser colocado em evidência em um dos momentos de clímax da história, não é a grande adversidade em Thunderbolts, mas sim as razões que o fizeram chegar ali, o fazendo ter uma dupla personalidade. Para mim, esta abordagem não é um problema, uma vez que se encaixa no contexto da obra. No entanto, algumas pessoas poderão se frustrar.
Sobre o trabalho dos atores, é inegável o destaque de Florence como Yelena. A expressividade da atriz orna perfeitamente com a personagem, trazendo uma perfeita representadividade de absolutamente tudo o que ela descreve no início do filme. David Harbour está absolutamente divertido e caricato na medida certa, e Julia Louis-Dreyfus encarna seu papel de forma brilhante, transparecendo a frieza de Valentina. No entanto, gostaria de mencionar o trabalho de Lewis Pullman como o Robert Reynolds, ou Bob. Lewis percorre de forma sensacional as oscilações de seu personagem, que inicia como um civil confuso sobre sua origem, se torna um personagem dotado de poderes insuperáveis, e ainda assim proporciona momentos emocionantes e cômicos que o conectarão com o público ao longo do filme.
O enredo de Thunderbolts é o que há muito tempo não se via em produções do gênero. Aqui, sob a direção de Jake Schreier, temos uma história que se propõe a não repetir fórmulas tradicionais: os mocinhos não são convencionais, o maior vilão não é um monstro com planos de destruição universal, e a história não se resume a explosões, tiros e cenas de luta maçantes. Diante de tantas produções decepcionantes, Thunderbolts é, finalmente, algo surpreendente. Não se trata de um filme perfeito, mas a decisão de fazer diferente torna o longa quase que um suspiro de alívio entre os filmes de super herois dos últimos anos. Após enfrentar um período de obras contestáveis que se estendia desde “Vingadores – Ultimato”, a Marvel fez o que, até então, faltava em obras cinematográficas do gênero: correu riscos para abordar temas que até então eram colocados em vias opostas quando se tratava de personagens com super poderes. Thunderbolts uniu ação, drama, comédia e ficção científica na medida, como se fossem os ingredientes de uma receita meticulosa que funciona. Se estiver em dúida sobre ir ou não ao cinema para assistir a Thunderbolts, fica aqui a nossa recomendação mais que positiva!
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