E a onda de Remakes e Remasters parece não ter fim, como até já comentamos no Meia-Lua Cast recentemente, e desta vez venho trazer a análise do Remake de Crash Team Racing que completa 20 anos (é estamos ficando velhos) agora em 2019.
Mas antes da análise vamos ao um pouco de história, lá nos anos 90 quando o PlayStation dominava o mercado, era comum as empresas terem os seus mascotes, a Nintendo tinha o Mário, a Sega o Sonic e até o 3DO tinha o GEX, mas a Sony até tentou mas sem muito sucesso, até surgir o Crash Bandicoot em 1996 se tornando o mascote não oficial, pois ele não é de propriedade da Sony e na época era da Universal sendo desenvolvido pela Naughty Dog que ainda não pertencia a dona do PlayStation, e com o sucesso e como mascote é óbvio que saiu um Spin Off lá em 1999 o jogo de kart substituto do Mario Kart para quem não tinha o Nintendo 64.
Não se engane ele não é apenas uma cópia, e sim um jogo com mecânicas únicas e jogabilidade diferente dos Mario Kart, e acabou sendo um sucesso, com isso voltamos para 2019.
Com a retomada a ativa do nosso querido Bandicoot ( sim ele não é uma raposa), primeiro com o a Coletânea refeita para a nova geração dos 3 jogos do PlayStation 1 lançada em 2016 e grande sucesso, os fãs ficaram pedindo e torcendo para que algo do tipo fosse feito com o CTR e eis que a Activision dona da marca entregou nas mãos da Beenox a responsabilidade deste remake que foi lançado no último dia 21 de junho.
História do jogo
Não espere uma narrativa complexa ou coisa tipo, sendo mais como justificativa para fazer todos correrem, e isso é ótimo, pois não complica muito a vida de quem só quer jogar e ainda dá um objetivo a ser alcançado.
Basicamente o vilão do jogo o alienígena Nitrus Oxide veio a Terra para correr e mostrar que ele é o mais rápido do Universo, se ele ganhar a Terra será deles e todo o planeta será seu escravo e se você ganhar ele vai embora e você(que está jogando) fica com o título de mais rápido do universo.
Gráficos e Jogabilidade
Como não poderia deixar de ser o jogo está muito mais detalhado e bonito do que o original, e se você jogou quando criança como eu, vai ver tudo como era no original, com mais detalhes é lógico mas o jogo está todinho ali e ainda para nós brasileiros temos um extra, diferente do original que nem o console era vendido oficialmente aqui, desta vez ele está todo localizado com textos e sobretudo com uma dublagem ótima, parabéns para a Activision que teve esse cuidado bem que algumas empresas principalmente as japonesas poderiam aprender com ela neste quesito.
O controle do Kart continua o mesmo um botão acelera, outro serve para atirar os apetrechos como mísseis, bekers com substâncias estranhas, escudos de energia entre outros, os botões de ombro servem para fazer o drift e com isso aumentar uma barra e usar o turbo.
Faço só uma ressalva, recentemente joguei o original e achei que este o novo está um pouco mais difícil, ao menos passei mais trabalho para passar em 1º as corridas, mas também pode ser falta de habilidade deste que vos escreve.
A versão que eu tive acesso para a análise foi para o Xbox One e joguei no primeiro modelo que sabemos ser o que tem menos desempenho em relação às outras versões Xbox One S ou X, e posso dizer que está muito bem otimizado, não tive problema algum de desempenho, as corridas foram fluidas e sem nenhum engasgo inclusive no modo tela dividida.
Segundo o Digital Foundry que analisou as versões de Xbox One e PS4 rodam a 1080p a 30FPS e no Xbox One X e PS4Pro 1440p também a 30FPS contando que no Xone X tem alguns detalhes a mais nos cenários, já nos consoles base tanto PS4 e Xone são idênticos.
Eles não analisaram o tempo de carregamento, mas a única coisa que notei foi que entre uma corrida e voltar para o hub no qual temos acesso aos portais das corridas temos um tempo considerado de loading, mas volto a dizer pode ser só a percepção de quem está acostumado já a jogar no PC com SSD.
Modos de Jogo
Temos o modo Aventura no qual temos o modo Nitro Fuelded que permite a personalização do kart e tem algumas animações a mais como a que mostra nas rodas quando o nitro está pronto, e temos o modo clássico no qual não temos as personalizações, e nos conta a história e temos que ir ganhando as corridas para ir desbloqueando as outras até chegar na corrida contra Nitrus Oxide, e também conforme for passando vão sendo liberados os outros personagens, adesivos e outras customizações estéticas.
Temos o modo arcade no qual temos o multiplayer local para até 4 jogadores como no original só que agora sem a necessidade de multitap como no original.
E além da tradicional corrida única temos temos, Corrida de Copa, Batalha, Contra o Tempo, Corrida das Relíquias, Desafio CTR e Desafio dos Cristais, ou seja tem muitas horas de diversão com os amigos como nos velhos tempos pré-internet .
Entre as novidades como não podia deixar de ser temos o modo online que funcionou muito bem quando testei, a corrida aconteceu sem engasgos, só faltou habilidade para ganhar é possível criar a sua sala privada e convidar amigos ou jogar com desconhecidos.
Mais uma das adições foi uma espécie de loja chamada Pit Stop mas que não aceita, ao menos por enquanto dinheiro real, somente a Wumpa Coins que são ganhos jogando o jogo e nesta loja temos customizações, personagem e modelos diferentes de Kart.
E por fim temos a lista com os Recordes que é auto explicativa.
É bom adicionar que ele acaba não sendo somente o Remake do 1º CTR pois as pistas do 2º jogo Crash Nitro Kart de PS2 pois foram adicionadas nos outros modos tirando o aventura.
Conclusão
Como alguém que não teve PlayStation na época mas tive contato por conta de um primo que tinha(eu era o primo pobre 😢 ) e que joguei bastante na época e analisar esse Remake foi ótimo além de ter a sensação de nostalgia ainda tem a questão técnica que por conta da evolução trouxe um jogo lindíssimo e muito bem polido, inclusive a parte sonora foi refeita, a trilha é a mesma mas logicamente com mais qualidade, e se quiser ainda pode escolher a trilha lá da época do PS1, também não encontrei nenhum bug ou coisa do tipo.
Recomendo com certeza o jogo, claro não vá achando que é GranTurismo ( por mais que som dos menus sejam idênticos os do Gran Turismo 2) ou Forza, pois a proposta não é esta.
Ele é um jogo muito competente e divertido, tanto os modos solo ou multiplayer, nos modos solo se você é adora colecionar item vai ter muitas horas de jogo para desbloquear tudo e no multiplayer a diversão é garantida inclusive fazendo o seu oponente perder a corrida nos últimos metros por atirar um míssil nele.
Crash Team Racing Nitro Fueled já está disponível para Playstation 4, Xbox One e Nintendo Switch, infelizmente não tem versão para PC.