O Hobbit: A Desolação de Smaug (2013) é tão grandioso quanto O Hobbit: Uma Jornada Inesperada (2012), primeira parte da nova trilogia cinematográfica de Peter Jackson. Os fiéis leitores do livro de J. R. R. Tolkien (1892-1973) reclamam que o livro não é longo, poderia se encaixar em apenas um filme. Essa “esticada” na história os incomoda muito. Bom, ninguém é obrigado a gostar. Esse segundo longa-metragem é realmente longo, com 161 minutos, mas se você embarcar na viagem, nem sente o tempo passar.
A história continua de onde parou, com o hobbit Bilbo Bolseiro (Martin Freeman) acompanhando o mago Gandalf (Ian McKellen) e os anões liderados por Thorin “Escudo de Carvalho” (Richard Armitage) em sua jornada até o reino dos anões, Erebor. O local foi dominado pelo dragão Smaug (voz de Benedict Cumberbatch), que permanece adormecido no meio do enorme tesouro dos anões. O objetivo do grupo é retomar o reino e cabe a Bilbo recuperar a Arkenstone, a mais preciosa jóia dos anões, que dará a Thorin o direito de se tornar o rei de Erebor. Durante o caminho, eles enfrentam diversos perigos, como aranhas gigantes e orcs, e recebem auxílio dos elfos Legolas (Orlando Bloom) e Tauriel (Evangeline Lilly) e do humano Bard (Luke Evans). Bom, “auxílio” é modo de falar, já que são presos pelos elfos da floresta durante algum tempo e pagam pela ajuda de Bard…
O visual do filme é espetacular, como na trilogia O Senhor dos Anéis e em Uma Jornada Inesperada, desta vez com destaque para as cenas em que Smaug aparece. E as sequências de luta envolvendo Legolas e Tauriel são um show à parte. O final fica em aberto e só resta aguardar o lançamento, daqui a aproximadamente um ano, de O Hobbit: Lá e de Volta Outra Vez.
Esses dias atrás fui ao cinema assistir “O Hobbit: A Desolação de Smaug” e, pessoalmente… QUE FILME! Depois de “O Hobbit: Uma Jornada Inesperada” e a trilogia de “O Senhor dos Anéis” quem iria imaginar que desse para nos surpreender? Essa é a palavra que melhor descreve meu sentimento ao sair da sala de cinema: eu estava surpreso.
A história segue o texto original, mas a maneira genial com que o diretor e roteirista Peter Jackson amarra esta famosa aventura é brilhante. Os diálogos são muito bem escritos e marcantes (e, às vezes, hilários!), a trama principal conversa com as tramas secundárias de forma magistral e percebe-se a primazia em manter o filme o mais fiel possível ao livro.
Os personagens já conhecidos voltam exatamente de onde pararam; Gandalf, Bilbo e o grupo de anões liderados por Thorin continuam em sua “jornada inesperada” até a cidade de Erebor. Alguns problemas acabam acontecendo no meio do caminho, mas, esse é um filme de aventura; o que você esperava? O velho conhecido, Legolas, volta ao elenco e novos personagens enchem a tela; literalmente enchem a tela. Assim que Smaug dá o ar da graça e se apresenta naquele telão, putz! Eu juro que subiu um arrepio desde meu cóccix até a última vértebra de minha coluna.
A atmosfera das terras médias continua aquela beleza de sempre, mas um detalhe em particular me chamou a atenção; o clima penetrante da trilha sonora com que o compositor Howard Shore conseguiu me conquistar falhou em me manter impressionado, não querendo dizer que a trilha seja ruim, mas não se compara ao primeiro filme ou da trilogia anterior.
Sinceramente recomendo essa aventura cinematográfica aos meus amigos cinéfilos, tanto pelo texto de J.R.R. Tolkien quanto pelo brilhantismo de Peter Jackson (brilhante na maioria das vezes; não esqueçamos que ele dirigiu King Kong).
O que leio por aí é o que eu li há cerca de doze anos atrás, só que inverso. O Senhor dos Anéis foi curto e rápido demais, já o Hobbit é longo demais. Vai entender.
No mais eu gostei muito do filme, a sequência dos barris foi uma das cenas de ação mais legais que já vi (e para constar, no livro essa cena é tediosa).
Depois desse filme eu posso afirmar sem medo de errar que Peter Jackson é o melhor quando o assunto é adaptação.
Sem dúvida, Gustavo. Peter Jackson é um dos poucos cineastas que consegue fazer um filme de quase 3 horas que não cansa o público. Aliás, não só não cansa, como empolga. A cena dos barris é realmente demais!
Sem dúvida, Gustavo. Peter Jackson é um dos poucos cineastas que conseguem fazer um filme com quase 3 horas que não cansa o público. Aliás, não só não cansa, como empolga. A cena dos barris é realmente demais! Abraço!